segunda-feira, 12 de abril de 2010

Mercado eleva estimativa de inflação para 2010 pela 12º vez

Fonte: www.uol.com.br/economia e Reuters
Link: http://economia.uol.com.br/ultimas-noticias/reuters/2010/04/12/mercado-eleva-estimativa-de-inflacao-para-2010-pela-12-vez.jhtm


O mercado brasileiro aumentou novamente seu cenário para a inflação neste ano e no próximo e elevou a perspectiva para o juro em 2011, segundo o relatório Focus divulgado nesta segunda-feira.

A mediana das previsões para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA) este ano passou para 5,29%, ante 5,18% na semana anterior, na 12ª alta seguida.

O prognóstico para 2011 subiu pela segunda semana seguida, para 4,8%, contra 4,74%.
Os dois números estão acima do centro da meta de inflação perseguida pelo governo, de 4,5%, mas dentro da banda de tolerância, que é de 2 pontos percentuais para cima ou para baixo.


Juros

A estimativa para a Selic no fim deste ano se manteve em 11,25%, enquanto para 2011 subiu de 11%, na semana anterior, para 11,25%.

A projeção para a alta do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano aumentou pela quarta vez, para 5,6%, comparado a 5,52% na semana anterior. O prognóstico para a expansão em 2010 permaneceu em 4,5%.

Também ficou estável a previsão para o superávit da balança comercial neste ano, em US$ 10 bilhões, enquanto para 2011 caiu de US$ 4,5 bilhões para US$ 3,54 bilhões.

(Reportagem de Vanessa Stelzer; Edição de Alexandre Caverni)



COMO O MERCADO ENTENDE ESSA MENSAGEM

Em uma lógica simples, se o mercado entende que a inflação vai subir, entende também que o Governo tentará pelos meios disponíveis manter a taxa de inflação baixa.

Os meios que o Governo tem disponíveis são várias, mas como é conhecido por todos o Governo só usa um método - Elevação da Taxa de Juros.

Como é sabido, a elevação da taxa de juros fazem com que os títulos do Governo aumentam sua rentabilidade, assim o mercado "transfere" parte do aplicado na Bolsa de Valores (Mercado de Risco) para um mercado seguro que tem uma boa rentabilidade - Títulos do Governo.

Essa "transferência" da Bolsa para títulos pode ser mais acentuada, se o mercado entender que a Bolsa supervalorizada.

Entretanto, em um ano eleitoral - disputa forte entre governo (Dilma) e oposição (Serra) - o Banco Central pode deixar a inflação um pouco mais solta e priorizar o crescimento favorecendo a canditada do Governo. Ainda mais, que o presidente do Banco Central, Henrique Meireles, foi cogitado (não vai ser) para ser vice da Dilma.

Mas acho díficil o Banco Central priorizar o crescimento, pois nunca o fez. Sempre deu desculpas técnicas e usou a taxa para conter a inflação. Portanto, acredito que usará do mesmo remédio, além do mais, o Brasil vai crescer de qualquer jeito.

Nenhum comentário: