terça-feira, 10 de novembro de 2009

O Brasil vai bombar

Mercado prevê crescimento maior da economia em 2009 e 2010


LORENNA RODRIGUES
da Folha Online, em Brasília
Atualizado às 08h41.

Economistas consultados pelo Banco Central revisaram para cima suas previsões para o crescimento da economia brasileira e esperam uma variação do PIB (Produto Interno Bruto) ligeiramente maior em 2009 e 2010. Para o fim deste ano, a projeção de crescimento passou de 0,18% para 0,20%. Para o fim do ano que vem, a expectativa é de crescimento de 4,83%, contra previsão anterior de 4,8%.

De acordo com a pesquisa Focus, feita na última semana e divulgada nesta segunda-feira pelo BC, a previsão é que o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) feche este ano em 4,27%, mesma estimativa feita na semana passada.

Para 2010, a previsão é de que a inflação oficial encerre o ano em 4,46%, contra 4,45% da semana anterior. As duas projeções estão abaixo do centro da meta estabelecida pelo governo para os dois anos, que é de 4,5%.

O mercado manteve ainda as projeções feitas anteriormente para a taxa básica de juros (Selic). Após o Copom (Conselho de Política Monetária) manter na última reunião os juros em 8,75%, os economistas apostam que a Selic fechará o ano neste mesmo patamar. O conselho se reúne uma vez mais em 2009, em dezembro. Para 2010, a expectativa é que os juros encerrem o ano em 10,50%.

Mais inflação
A previsão do mercado para o IGP-DI melhorou, passando de queda de 0,44% para redução de 0,47%. Para o IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado), a previsão passou de -0,87% para -0,88%. Os dois indicadores são usados no cálculo dos reajustes de contratos e preços administrados, entre eles, contas de luz e aluguéis.

A previsão para o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômica), caiu de 3,99% para 3,94%. Para 2010, as previsões para os IGPs e para o IPC-Fipe ficaram em 4,5%.

Outros indicadores
O mercado prevê o dólar em R$ 1,70 para o fim de 2009, mesma previsão feita anteriormente. Para 2010, a projeção foi mantida em R$ 1,75.

A previsão para o superavit da balança comercial passou para US$ 25,5 bilhões (contra US$ 26 na semana anterior) e para o deficit nas transações correntes se manteve em US$ 16,9 bilhões.
A estimativa para os investimentos estrangeiros diretos ficou em US$ 25 bilhões neste ano, passando de US$ 33 bilhões para US$ 35 bilhões em 2010. A projeção para a relação dívida/PIB foi mantida em 44%.

Análise das Principais Bolsas Mundiais

Análise das Principais Bolsas Mundiais



fonte: www.youtrade.pro.br

De Olho

Petr4 valorizando e passando dos R$ 36,50.

Vencimento da serie K na proxima segunda-feira (16/11/2009).

Estou lançado na serie L - ainda tenho tempo

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Análise das Principais Bolsas Mundiais

Análise das Principais Bolsas Mundiais





Fonte: www.youtrade.pro.br

Roubini alerta para otimismo exagerado nas Bolsas

O economista Nouriel Roubini, que tem recebido crédito por prever a atual crise global econômica, alertou em uma entrevista à BBC que o mundo pode estar "plantando as sementes da próxima crise".

Na opinião do professor da New York University, existe uma "disparidade crescente" entre o otimismo dos mercados financeiros, que se valorizam a passos largos, e a debilidade da economia real, que se refaz mais gradualmente.

Para ele, a alta não está se dando pela melhora nos fundamentos econômicos da economia global, mas "também devido à barreira de liquidez criada com dinheiro fácil [dos pacotes econômicos] que tem escolhido investir em ativos financeiros".

"Estou preocupado que já estejamos plantando as sementes da próxima crise", alertou.
Nos últimos seis meses, o principal indicador da Bolsa de Nova York, o índice Dow Jones, subiu cerca de 45%, em linha com indicadores financeiros ao redor do mundo.

Entretanto, como sinal de que a economia real permanece frágil, o economista lembrou a opinião, externada por muitos analistas, de que a crise que derrubou os preços no mercado imobiliário residencial está agora se alastrando também pelo segmento comercial.

"Eu vejo uma economia na qual consumidores chegaram ao limite de seus gastos, afundados em dívidas, precisam reduzir as despesas e poupar mais", afirmou.

"Em algum ponto no futuro pode haver uma correção. Essa correção está sendo adiada pela barreira de liquidez que tem escolhido investir em ativos financeiros, mas existe uma lacuna entre o que são os preços dos ativos e a economia real. A economia real ainda me parece muito débil."

Reformas

Mas o mundo pode evitar uma nova catástrofe se enfrentar as reformas do sistema financeiro propostas pelo G20, acredita o economista.

Para ele, isto colocaria a trajetória de recuperação econômica "na direção correta de alcançar mais estabilidade financeira: mais liquidez, mais capital, melhor capital, menos alavancagem, lidando com instituições muito grandes para falir, supervisão e regulação global, compensação de bancos".

"A crise não acabou, ainda há muitos danos no sistema financeiro, precisamos realizar essas reformas. Se não realizarmos estas reformas, estamos plantando as sementes da próxima crise", disse.

Fonte: www.folha.uol.com.br
Link: http://www1.folha.uol.com.br/folha/bbc/ult272u635776.shtml

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Ações "menores" lideram valorização na Bolsa no ano e em 12 meses

FABRICIO VIEIRA
da Folha de S.Paulo

Olhar para além das ações tradicionais às vezes se mostra uma opção mais lucrativa. Nos últimos tempos, isso é o que tem ocorrido. Os fundos de ações "small caps" são a categoria com rentabilidade mais elevada, tanto em 2009 como para um período de 12 meses.

O termo "small caps" é utilizado no mercado acionário para definir as companhias de menor porte, que contam com um volume de negócios menos expressivo na Bolsa.

No ano, os fundos "small caps" registram valorização média de 94,47%, enquanto as aplicações indexadas ao índice Ibovespa têm alta de 63,27%.

Os dados são de levantamento da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) e contam com as oscilações registradas até o dia 26 de outubro. Em 12 meses, a categoria líder tem apreciação de 118,64%.

Outro importante segmento dos fundos de ações, que são os indexados ao índice IBrX, registra ganhos de 62,83% no ano e de 88,94% em 12 meses.

"Nos últimos meses, quem garimpou na Bolsa, indo além das ações mais tradicionais, conseguiu encontrar grandes negócios", afirma Paulo Roberto Esteves, analista-chefe da Gradual Investimentos.

Atualmente há 433 empresas listadas na Bolsa. E o principal índice do mercado local, o Ibovespa, tem a participação de apenas 63 papéis. Ou seja, há muitas ações menos conhecidas para serem compradas.

Mas os analistas lembram que as "small caps" têm liquidez menor. E se o investidor quiser se desfazer rapidamente da ação, por algum motivo, terá dificuldades maiores do que se tivesse na carteira um papel da Petrobras ou da Vale.

Um exemplo: enquanto as ações da Petrobras registraram 26,4 mil transações no pregão de sexta-feira, os papéis do BicBanco tiveram só 208 negócios. Por outro lado, enquanto as ações do BicBanco acumulam valorização de 330,7% em 2009, as da Petrobras subiram muito menos: 57,6%.

A grande diferença de movimentação pode ser um problema se o investidor quiser vender suas "small caps" de uma hora para outra. Porém, se estiver pensando em aplicações de longo prazo, pode ser uma opção vantajosa. "Antes de comprar uma "small caps", o investidor tem de, ao menos, tentar entender como anda o setor a que essa empresa pertence. Investir no escuro é sempre mais arriscado", afirma Esteves.


Setor imobiliário
Um setor que tem se destacado é o da construção civil. No topo dos maiores ganhos da Bolsa em 2009 aparecem vários papéis de incorporadoras e de construtoras, sendo muitas delas de pequeno porte e de baixa movimentação na Bolsa.

As ações das companhias do segmento imobiliário mostram bem os dois lados desses papéis. Se lideram em ganhos neste ano, foram destaque de perdas em 2008.

Um caso interessante é o da Brookfield, que na sexta-feira teve pouco mais de 2.000 negócios -ou seja, 10% do giro da Petrobras. No ano, a ação ordinária da Brookfield registra valorização de 190,9%. Já em 2008, havia sofrido depreciação de 77%.

A Tenda é outro exemplo. A empresa, que teve somente 1.200 transações no último pregão, computa valorização de 342,2% neste ano, após amargar perda de 88,7% em 2008.

Fonte: www.folha.uol.com.br
Link: http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u646448.shtml